domingo, 20 de setembro de 2009

Saudades da minha vida


Foi ali que eu aprendi a viver.
Foi ali que eu me fiz quem sou.
Naquele colégio eu fiz diversas amizades importantes e eternas.
Naquele colégio eu chorei, vibrei, protestei.
Foi lá que eu cantei, interpretei, sorri e sonhei.

Foi ali que eu conheci pessoas que me fizeram aprender o verdadeiro sentido da palavra "amizade".
Eram amigos que, como por força de um milagre, adivinhavam quando eu estava mal, quando estava triste, e é claro, vinham consolar, ajudar, me fazer sorrir.

Foi ali que eu tive conversas verdadeiramente inteligentes, engraçadas, idiotas.
Foi por aqueles corredores que eu corri sem saber onde queria chegar. Foi por eles que eu passei durante três anos da minha vida. Os três inesquecíveis anos da minha vida.
Ali naquelas cadeiras eu sentei, subi, escrevi, discuti, desarrumei.
Naquelas salas eu sofri, comi, brinquei, colei.
Foi ali e aqui, diante deste texto, que me emocionei.

Lembranças vêm e vão como o passar dos ventos por nossos rostos numa tarde de domingo.
Lembranças que outrora eram presente e não passado.
Lembranças que a cada dia que passa dou mais valor. Elas, que disfarçadamente e cautelosamente, vão tomando cada vez mais espaço no meu coração.
Coração este que insiste em doer e chorar - de alegria, sim, por ter vivido, mas de tristeza por ter acabado -, a cada história prazerosamente contada e rememorada.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Esqueça-me


Não posso te querer mais,
E não te querer mais
Vai além.
É contra a minha natureza.

Esqueça dos meus carinhos,
Da minha voz rouca no teu ouvido.
Esqueça do calor dos meus lábios na tua pele,
Falando-te palavras profundas e ofegantes.

Feliz ou infeliz...
Depende de cada mente.
Tudo se foi.

Lembranças ficarão agora, perdidas na memória.
Lembranças que até da memória devem ser esquecidas.
Esqueça-me!

domingo, 6 de setembro de 2009

'Desesperança'


Ao vir tua imagem na cabeça
Me sinto um mendigo sujo, abandonado, pobre na terça.
Me sinto um mendigo louco, solto
Esperando da quarta, pelo menos mais um pouco.

Me sinto cada vez mais um fiel descrente
Sem reza, sem vida, sem presente.
Uma criança infeliz e triste
que cansou de sonhar sonhos pendentes,
Conjecturas insólitas e ausentes.

Quem sabe um dia tudo mude
Tudo volte a plenitude.
E as fracas promessas falsas
Não me iludam mais nessa fugaz juventude.

Um dia acreditei, no que hoje, sei que nao será.
Outrora pensei que conseguiria amar,
Um amor constante e belo como ondas no mar.
Mas no triste fim descubro que todo esforço

Só me fez , mais uma vez, brincar de sonhar.